sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

SEMENTES



Uma grande amizade
Foi tomando de jeito
Suas poucas palavras
Ações e direitos

Uma febre profunda
Forte e cativa
Raíz de uma planta
Tão fértil e nativa

Uma grande alegria
Foi brotando no peito
E não é fantasia
Nem sonho desfeito

Uma estrada segura
Um preciso caminho
Uma reta infinita
Um novo destino

Uma grande amizade
Foi mudando no jeito
Todas suas palavras
Razões e defeitos

Uma força profunda
Nobre e cativa
Raíz de uma planta
Crescente e ativa

Uma doce energia
Foi brotar do prazer
Uma grande alegria
Que veio pra ser

Tão maior que a razão
A semente e a flôr
É a semente do fruto
Do vosso ventre,
Amor.

Primeiras imagens de Mel. Me fizeram avô de novo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

SÃO PAULO NUM DIA CHUVOSO





Em toda parte do mundo chove, mas quando chove em São Paulo é notícia.







Acima a chuva eleva o nível do rio Tietê; o congestionamento registrado neste ponto e nesta hora era de 158 km com muitos pontos de alagamento. Pra quem gosta de medidas, pode imaginar o que são 158 km de congestionamento?

Na outra foto, dá pra ter uma idéia de um trânsito pesado na avenida Francisco Morato, na zona oeste de SP; a chuva complicou o trânsito e causava ao menos 26 pontos de alagamento. Pra quem gosta de medidas, considere o tamanho de cada ônibus até o infinito.

Bom estar em casa neste momento, de preferência olhando do alto.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

HORA DAS COMPRAS


Hora das compras e lã se vão homens e mulheres pelo menos uma vez no ano brigarem pelo mesmo espaço.

A mulher todos sabemos é o alvo de qualquer receita de marketing. Já o homem, mesmo tendo evoluido nesse quesito, é avesso aos tumultos e filas.

Mas nessa época não tem muito jeito, pois ainda que quisesse evitar, no mínimo tem que estar lá para comprar um presentinho, seja para um parente, um filho, um amigo ainda que secreto.

Nesses dias estive lá dando uma observada no movimento. O mais interessante era o homem que acompanhava sua mulher numa loja de roupas.

Enquanto ela levava pra dentro de um experimentador aquela montanha de roupas, ele ficava ali fora com alguns pertences dela esperando que aparecesse para mostrar como ficou o modelinho no seu corpo.

Daí evidentemente pra tudo que ele via, dava um positivo pra ela. Ela, entretanto em sua visão muito mais crítica chegava a se espantar com a opinião dele, e dizia: "Tem certeza? eu não gostei muito não". Ele tentava sem ser muito convincente balbuciar alguma coisa demonstrando não ter mesmo qualquer jeito pra moda.

E lá segue a companheira experimentando.

O mais engraçado pra quem ficou ali observando como eu, é que num determinado momento, ele se distraiu e saiu andando pela loja. Ela reapareceu e ficou ali daquele ponto procurando por ele sem poder avançar porta afora.

Meio sem saber o que fazer, olhou pra mim ali fora com aquele olhar de interrogação como se perguntasse: "Ele está por aí?". Eu dei aquela olhadela geral demonstrando preocupação com sua causa e nada do homem dela.

Daí, meio como querendo ajudar, fiz um sinal de positivo em relação ao modelito. Ela sorriu e se foi parecendo enfim decididamente convencida.

E assim ficou evidente mais uma vez que, a opinião de quem é de fora é sempre melhor recebida por uma mulher...

ESPORTE DE DROGA



Me lembro da associação que sempre foi feita, seja nas escolas, academias, ou até mesmo entre os atletas de qualquer modalidade de competição, de que a prática do esporte ajuda na evolução, fisica e mental do ser humano, dirigindo-os ao bom caminho e afastando-o dos maus e especialmente das drogas.

Com a morte recente de Ryan Gracie e a situação cada vez mais mal esclarecida de Rebecca Gusmão, fica evidente a necessidade de cuidarmos da estrutura psicológica dos nossos jovens, na busca de forjarmos homens de virtudes, abnegação, consciência social e regiliosidade.

Sem isso é como o exemplo de uma montanha de músculos sendo bombadoss para cobrir ossos que não conseguem suportá-los e as lesões serão evidentes.

Existem as situações recentes de doping do Romário, do Adriano da Inter de Milão que veio pro São Paulo pra uma recauxutagem fisica e mental, do Ronaldinho Fenômeno e suas noitadas entre outros. Fica assim dificil somente com os exemplos de esportistas, darmos referencias aos nossos jovens para que pratiquem algum tipo de modalidade de esporte que serão grandes homens.

Cuidemos então de prepará-los melhor para que independente do caminho que escolherem, tenham dentro de si a perfeita consciencia do seu valor humano e também do próximo.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

MULHER É

Como todo ser humano, meu primeiro contato foi com uma mulher. E não podia ser diferente não é mesmo? Nasci da minha mãe.

Aliás, ato que me proporcionou ter uma leve imagem de como é uma mulher por dentro.

Se bem que isto não lembro muito, mas tenho a sensação quase perceptível de que está implícito em algum lugar da minha mente e coração.

Afinal falho ou não, cresci adquirindo uma generosa capacidade de conceder o perdão a sem contudo algumas vezes sequer ter a compreensão.

Tudo por entender que estamos todos num processo evolutivo a partir da mulher.

Voltando ao tema, não tenho cá límpidas lembranças da fase da amamentação, melhor sim da arte desta gastronomia que é mamar , bem como, daqueles seios fartos e engorduxados que mamãe adquiria, sobretudo neste período.

Primeiro na minha vez; que foram tantas e sete anos depois na vez do meu irmão que foram muitas, mas muitas, muitas mesmo, quase um exagero a ponto de ser convencido calorosamente a base de pimenta a abandonar o seu prazer aos nove anos.

Um pouquinho adiante e mais crescidinho, tenho lembranças sublimes de quando minhas primas; Cida e Magdá, me davam banhos.

Ah! que delícia era receber banhos inundado da cintura para baixo naquela grande bacia sobre o chão. E olhem que era bacia mesmo, aquela de alumínio que muitos usavam e usam até hoje para pôr a roupa de molho,.

Porém, era o que se usava na época pois não havia até então a moderna banheirinha plástica. E isso não sei dizer, se era a falta de acesso as modernidades da cidade ou se não havia ainda sido inventada essa tal banheira.

Que falta fazia a globalização e um fusca.

Recordo da água morna, do cheiro de um sabonete que mais tarde viria saber, era Johnson. Nas espumas borbulhando sobre a água eu debatia meus braços para formar mais bolhinhas e assim ficava me debatendo, me debatendo, até espirrar espuma nos olhos. E aos berros, esperneando e sem mais ver coisa alguma, ser socorrido e embalado numa enorme toalha branca para ser enxuto sobre a mesa da cozinha. Sim da cozinha mesmo, pois não havia ainda o trocador; a globalização, lembram-se?

Bem, daí após devidamente sequinho, me passavam talquinho, perfuminho que me provocavam cócegas e deixavam meu corpinho moreninho; branquinho-branquinho e por que não dizer “dégradézinho”.

Em seguida me vestiam o que se usava na época; e vejam só; uma camisola.

Quando não era a típica camisolinha de bebê, me trocavam com uma camisa comum vestida ao contrário, com os botões virados para as costas; uma maravilha. Daí sapatinhos bordados e óleo Johnson na cabeleira, e pronto... quer dizer, acho que sim, pois não me lembro de ter me visto num espelho nessa época também. Se havia essa ferramenta, com certeza não era permitido para menor de três anos.

E falando em proibido, um pouquinho mais adiante e mais crescidinho, me lembro do contato com as amigas da minha mãe. Aliás, quando elas visitavam minha casa era mulher que não acabava mais. Isto porquê em casa já tinham quatro; minha mãe, minha tia, uma amiga dela que morava lá e uma enteada, todas solteiras.

Grandes encontros sustentados à chás, bolinhos ou almoço.

E quase sem ser notado nestes momentos, percebam que tratava-se de reuniões de mulheres’; eu era apenas um pobre homenzinho pequeno e tímido, num universo de mulheres adultas que não paravam de comer, gargalhar e conversar coisas que lógica e absolutamente ficava impossível de entender.

Por isso criança pequena cria seu mundo.

E de dentro do mundo que criei, também adquiri a “fantasia”, onde eu conversava, ria e brincava comigo mesmo usando aquele local como um mundo de personagens, instrumentos, locações e outras coisas que me proporcionavam experimentar repetir o que aprendia vendo os adultos fazerem.

Assim ficava o tempo todo enfiado em algum móvel. Ora dentro de um armário de cozinha, ora sob a mesa de centro, ora brincando na roldana da máquina de costura, fazendo deles, casa, carro, barco ou avião.

E o lado melhor é que fazendo uso disso tudo, eu tinha com esse limitado tamanho uma visão até certo ponto privilegiada e porque não dizer deslumbrante, que era a de poder olhar sob os vestidos dessas mulheres que se movimentavam no ambiente.

Evidente que dentro da minha pureza e inocência, tirando o aspecto das cores, eu não tinha a menor idéia do que servia todo o resto.

Porém embora ignorante, a sensação intrínseca que percebia é a mesma que se confirmou através do tempo e existe dentro de todo homem nativo que aprende a identificar o que de melhor existe nesse sexo misterioso: -

Sob todo e qualquer ponto de vista, ¨Sêr Mulher, Mulher É”